terça-feira, fevereiro 28, 2006

A vida são dois dias e o Carnaval são... cinco!

Uma Miss Saigão à procura do seu GI...



Depois de três dias consecutivos a trabalhar mais de 12 horas, as minhas chefinhas "ofereceram-me" uma folga, na 6ª. Juntei ao fim-de-semana, fiz ponte e... estive 5 dias em casa! Ainda por cima, com um programa de festas muito bom!
6ªf: Jantar no Bairro com algumas "celebridades", a que se seguiu uma festa com grandes músicas no "Naperon"... Brigada, Clô!
Sábado: Primeiro jantar oficial lá em casa. Lasanha de espinafres e requeijão, junta-se cogumelos, tomate e cenoura. Não ficou brilhante, mas com a prática chega-se lá! A sobremesa foi melhor: maçãs assadas com canela e gelado de baunilha... Hum!
Domingo: Dia mais calmo. Assistir com a família ao Benfica-Porto. Ver os lampiões a ganhar, mas mesmo assim com um nozinho no estômago... não dá, é mais forte que nós!
2ªf: Dia a matar saudades do Tommy e do Fonso (lindos!!!). Noite de festa no Bicho d'Água (ver fotos...). Muitos sorrisos, muitas máscaras divertidas e um grande som com os 4 djs da casa, os amigos...
3ªf: Dia calmo, calmo, ao ritmo da ressaca... Mais mudanças pra Alvalade (já temos cambolhota, para acolher hóspedes) e cinema (Walk the Line)... Muito bom!
E pronto, agora são só mais três dias e depois é outra vez fim-de-semana. E se fosse sempre assim?

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Domingo à noite... cinema?

A lista de filmes a ver custa a diminuir, mas 2 num fds ajuda!
Estar em Lisboa ajuda a ir ao cinema, já não tenho de ir a correr ou esperar 45mins pelos comboio de regresso à Margem Sul.
Fui com a Isabel ao Colombo ver o Orgulho e Preconceito. Em dia de jogo na Luz poderia ser desaconselhado, mas o jogo já tinha começado e o centro estava vazio e pacífico. Quando saímos, pacífico e vazio estava porque já o jogo tinha acabado.
Gostei muito do filme, romântico mas sem ser lamechas, cheio de coisas bonitas, diálogos muito cuidados e linguagem eloquente ou coloquial. Dá vontade de passear naqueles campos e de vestir aqueles vestidos!
Já adicionei mais livros à minha lista para ler, agora da Jane Austen.
E as pipocas. O filme não tinha nada ambiente pipocal, e como tinha poucos espectadores, ouvia-se mesmo o remexer no balde e o mastigar ruidoso do milho explodido. Mas não conseguiu estragar o ambiente bonito criado pelo filme.

JM

sábado, fevereiro 25, 2006

6f à noite... cinema?

Com os óscares à porta e tanta oferta, tenho uma lista de filmes que quero ver. Ontem fomos ver o Syriana com o George Clooney, 10kg mais pesado. Muita intriga e confusões de histórias e personagens, com uma filmagem característica do realizador, muito movimentada e que baralha. Americanos, árabes, petróleo, CIA, interesses e corrupção. Gostei, apesar de ter ficado um bocado baralhada e de confirmar que a triste realidade existe e até deve ser bem pior do que se viu.
Então e o local do cinema? Escolhemos o ECI, péssima escolha. Aquele parque de estacionamento põe-me doida e faz-me pesadelos, a espiral de entrada/saída nunca mais acaba e fico tonta. Os bilhetes normais já custam 5,40eur? Fiquei chocada. Meu rico cartão jovem que me vale!
Uma fila gigantesca para as bilheteiras e outras tantas para comer e depois para entrar no cinema. Ficámos na 3ª fila, um bocado a ler as legendas e a fazer ginástica ao pescoço, porque árabe não dá para perceber de ouvido!
E as pipocas e coca-colas. Até gosto de comer mas prefiro-as salgadas, embora nunca consiga ganhar a batalha. Às vezes vêm numa bola de caramelo, aquilo em calorias deve ser bonito.
E pipocas com coca-cola... combina? E depois na sala só se ouve o barulho da palhinha a encontrar o fim do copo. Ontem embirrei.

JM

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Mudanças

Já passei a 1a noite oficial na casa e já tivémos o nosso 1o jantar.
Sábado de tarde comecei a reunir a roupa para levar, foram mais de 5 malas de viagem e não chegou para tudo. E neste momento quase não consigo entrar no quarto porque não tive tempo para arrumar as coisas e continua tudo dentro das malas. Ainda há a hipótese de as coisas não caberem nos armários e ter de as levar de volta para a Costa...
Com o tempo vamos operacionalizando a casa. Ontem de manhã percebi que a prateleira das coisas do pequeno almoço está muito bem localizada. Mas para cozinhar ainda não sei o sítio dos tachos e dos condimentos, nem sei bem o que temos e não temos, é a fase da adaptação. Na sala vamos colocando livros e outras coisas pequeninas a que ainda não há local de arrumação destinado.
Ontem de noite cheguei a casa morta de cansaço mas tinha de fazer sopa. A 1a sopa da casa, sem panela de pressão. Cortei tudo pequenino para cozer mais rápido. Lavei os grelos e adicionei a água excedente. Foi água a mais. Cortei mais batatas para aumentar o puré e juntei-lhe também grão. Tudo passadinho na máquina a estrear e ficou óptima. Talvez por ter sido eu a cozinhar, mas sabia bem!
O camião do lixo passou de madrugada e acordou-me, mas de manhã ouvem-se os passarinhos enquanto preparo o pequeno-amoço.
Apetece-me estar em casa, como no anúncio do IKEA. Tenho vontade de arrumar as coisas, de as usar, de cozinhar e até de limpar!

JM

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Pequenos luxos

Há certos momentos que devíamos guardar.
Um dos meus critérios é distinguir aquelas alturas em que, por momentos, parece que não estamos no local onde realmente nos encontramos ou sentimos que temos uma vida diferente.
Ontem de manhã tive um momento desses.
Numa loja gourmet absolutamente fabulosa, à beira-rio, com uma cafetaria cheia de delícias e as mesas cheias de beautiful people. Deleitei-me com um prato de requeijão, doce de abóbora e nozes, e fiquei com vontade de lá voltar e experimentar um sumptuoso "brunch"... Maravilha.
Ao balcão, um senhor já com alguma idade comia uma empada, que acompanhou com um copo de champanhe. "Que luxo", pensei...
À noite, já com a companhia da JM, cozinhei a primeira refeição lá em casa: massa com espinhafres, rebentos de soja e cogumelos. A acompanhar, e para estrear a casa em grande, um resto do Moet & Chandon com que a Joana e o Pedro celebraram os 3 anos de namoro...
À nossa!

JH

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Japuna

Na semana passada fui experimentar comida japonesa. A medo, muito a medo.
A minha primeira experiência com comida japonesa não tinha sido lá muito famosa... Fui há uns dois anos a um restaurante japonês muito engraçado, em Carnaxide.
Para se chegar lá, passa-se um jardinzinho, com uma ponte, tudo muito oriental e bonito. O restaurante tem 3 salas enormes: japonês, chinês e tailandês. Dessa vez vestiram-nos uns roupões, o espaço tem um ambiente muito giro. Mas não gostei nada da comida... além do sushi e sashimi, também comi peixe cozinhado com muita manteiga e alho. Essa parte foi a menos má, mas não fiquei com saudades da experiência.
Há dias repeti. Por desafio da minha directora, que adora comida japonesa, fomos a um restaurante em Cascais, que tem duas "nacionalidades": italiano e japonês (!!), acompanhados por dois chefes que viveram em Macau e são grandes entendedores de comida japonesa, e por isso ficaram encarregues dos pedidos. Enquanto esperava pelo peixe cru, só via passar as pastas e pizzas, a minha verdadeira paixão... Mas os receios iniciais passaram e posso dizer q a comida japuna ganhou mais uma fã.
Sopa de miso, sushi, sashimi, maki, tempura... Adorei!!!

JH

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Pessoas

Há pessoas que conseguem transformar o nosso dia ou, pelo menos, melhorar muito o nosso humor do momento.
Isso já aconteceu a todos, claro, em diversas ocasiões, mas eu recordo-me de duas situações...
Uma delas aconteceu há cerca de um ano. Eu andava a fazer uma reportagem sobre a utilização do feng-shui em locais públicos de Lisboa, um trabalho que se arrastou durante muito tempo por falta de tempo minha e indisponibilidade das pessoas que eu queria entrevistar. Uma das pessoas com quem eu precisava de falar era a proprietária de um restuarante vegetariano perto do Hospital dos Capuchos, o Psi.
Naquele dia andei a correr, estava tudo a correr mal e eu cheguei ao Psi com uma neura enorme e sem vontade nenhuma de trabalhar. Até que conheci a Najma, uma médica de clínica geral de origem indiana, umas das pessoas mais maravilhosas que conheci. Contou-me como se empenhou em trazer o Dalai Lama a Portugal e conseguir que ele inaugurasse o belíssimo jardim onde funciona o restaurante, de inspiração oriental. E passámos o resto da tarde a conversar sobre as nossas vidas, as nossas crenças, à frente de um chá delicioso e de uma espécie de pão, cujo nome não recordo, com requeijão e mel, e o tempo voou. É à Najma que eu devo o meu jardim zen, um tabuleiro de areia e pedrinhas com dois ancinhos usados para meditação. Sempre quis ter um e lá no Psi têm um, em cima do balcão. Já não me lembro a que propósito, mencionei o jardim zen, e ela disse-me que tinha um, guardado para "alguém que quisesse muito um jardim zen". Dias depois, fez-mo chegar à Lusa, num embrulho. No final da nossa conversa, demos um abraço muito apertado, muito forte, como se fôssemos amigas há muitos anos...
A outra situação ocorreu ontem. O ambiente na Lusa está demasiado carregado, e ninguém tem vontade de rir ou de brincar. Pesado, pesado... Ainda por cima apareceu-me o trabalho todo ao mesmo tempo e tive de adiar várias vezes uma entrevista com o director artístico da Companhia do Chapitô, a propósito de uma reportagem sobre os 25 anos da instituição. Quando finalmente cheguei ao Chapitô, eram umas 19:30, fui recebida por outra pessoa, Rui Rebelo, co-fundador da Companhia. A boa-disposição e as ideias diferentes dele fizeram-me rir e saí do nosso encontro muito mais animada...

JH

Uma questão de civismo

Esta foto foi tirada no metro de Londres, em Maio do ano passado quando lá estive com a mana Sara. Foi uma foto daquelas, "olha vamos tirar!". Cá nunca iríamos tirar uma foto no metro, mas o de lá tem escadas rolantes tão grandes que quase não se vê o fim e é sempre mais um recuerdo. Já tínhamos reparado nestes anúncios laterais que são fantásticos.


Os ingleses são organizadinhos e educados e cumprem as regras sociais, tão simples e tão úteis quanto funcionais para todos. E são vários milhões a circular nos transportes públicos todos os dias na cidade.

Então temos um gajo vestido de desentupidor a atrapalhar a escada toda. E o anúncio adverte para o bom senso de não atrapalhar a circulação de passageiros. Deve ter dado um gozo bestial vestir aquilo. Ou não... :o)
É tão simples as pessoas encostarem-se à direita se não querem subir as escadas e preferem que elas as levem para o destino. Para que aqueles que têm pressa ou simplesmente gostam de aproveitar o exercício gratuito de subir escadas, poderem passar pelo lado esquerdo.
Quando estava a trabalhar no Chiado e tinha os 4 lanços de escadas rolantes para subir, era notório que algumas pessoas até faziam isso e outras pura e simplesmente ficavam paradas e até incomodadas quando se lhes pedia licença para passar. Custa muito? Facilita tanto!

E aquela MANIA estúpida de entrar no metro à hora de ponta? Falta o Herman em imitação do National Geographic a comentar as cenas. Todos se acotovelam para entrar. Como bichos selvagens. E que tal deixar as pessoas saírem primeiro?
Quando foi o túnel do Rossio a fechar até era giro logo pela manhã os polícias em Sete Rios a tentar coordenar as pessoas. Furiosas logo para entrarem nas carruagens e os senhores a gritar "Não entra mais ninguém!" E logo uma senhora se escapava para entrar...
No comboio também acontece, mas no metro é bem mais gritante. Sejam civilizados!

Lembro-me quando fui pela 1a vez a Macau e a Hong-Kong, e vi a minha avó pela 1ª, única e última vez. Estávamos em 1993, tinha 12 anos. No metro e comboio, todos tinham bips e telemóveis, e obviamente havia rede nos túneis e em todo o lado. Estamos quase lá, passados quase 13 anos... Bom, mas o engraçado era que nas estações de metro (sabendo que eles são bem mais que as mães, vários milhões, sempre um mar de gente em todas as ruas a qualquer hora) havia marcações no chão. As carruagens paravam todas no mesmo sítio e as pessoas posicionavam-se nas linhas que até tinham números. Havia espaço para os passageiros saírem e entrava-se por ordem. Civilizadamente!
Aqui em Lisboa não, é bom é ficarmos pela estação toda e quando o metro está a parar começam todos a acotovelar-se para as portas. É logo um exercício matinal tentar entrar e tentar sair nas estações. Com licença... Com Licença.. COM LICENÇA!
E com força porque a educação não é suficiente!

JM

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Dia 14 de Fevereiro

Sem ofensa para quem o comemora, este Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, sempre me pareceu uma grande treta!
Não há paciência para corações insufláveis a dizer "I love you", para as montras das lojas cobertas de corações vermelhos recortados, para os ursinhos de peluche a segurar corações... a dizer "I love you", para os chocolates em forma de coração, para os boxers com corações, para os relógios com corações... Não, não tenho qualquer tipo de fúria anti-corações nem sequer contra o romantismo. Só embirro quando há dia e hora marcada para se ser romântico ou para se mostrar à outra pessoa o quanto se gosta dela...
Tudo aos pares, nos restaurantes, a fazer fila à porta, as mesas postas para dois, à espera que um casalinho saia e seja logo substituído por outro... mas também nos cinemas, nos jardins, os namorados a oferecer flores e peluches às meninas e elas a retribuir com um par de boxers e uma moldura com uma fotografia dos dois, de preferência abraçados ou na praia.
É um dia terrível para jantar fora ou ter alguma actividade social e por isso acabo sempre por refugiar-me em casa, longe de todos os casais agarradinhos e aos beijinhos. Desta vez, na casa da minha mãe...
Sempre disse que este é o "Dia dos Foleiros" (mais uma vez, sem ofensa para quem o celebra), e nunca o comemorei, em mais de 10 anos de namoro non-stop. Nem sempre com o mesmo namorado, é claro...
Nestas coisas, tenho muito mais o lema do "Natal é quando o homem quiser"...

Hoje é também o dia em que o meu amigo Zé faz 35 anos. Já não o vejo há mais de um mês, foi para a Índia, o único sítio onde é verdadeiramente feliz, e eu fico feliz por ele estar lá, apesar de ter saudades dele e das nossas conversas cheias de misticismo, vinho branco e confidências.
Por isso, o Dia dos Foleiros passa a ser oficialmente o dia de anos do Zé. E do Dedi, também!

JH

Chaves do Areeiro

Quando tivémos o problema pensei logo nessa empresa conhecidíssima, Chaves do Areeiro.
Imaginei logo uma operação ao estilo Missão Impossível para abrir a porta, com mecanismos altamente sofisticados.
Percebi que tinham muito trabalho tal era a estimativa de espera. Há assim tantos esquecidos de chaves ou com problemas em abrir a porta, por essa Lisboa fora? Negócio à vista!
Mas não, apareceu um senhor de meia/alta-idade com uma mala tipo de cartão, regular e antiga. Abriu e era ver a desarrumação de ferramentas velhas e gastas por onde vasculhou até encontrar uma lima com que afagou a chave e abriu a porta. Foi rápido na 1a vez. E são 50,5 eur. (!!!) Não tinha dinheiro nem cheque, fui levantar à confiança do sr que esperou por mim.
No dia seguinte era um sr mais novo mas com 10 anos de experiência, que não conseguiu abrir a porta. Pediu ajuda a outro com 20 anos de experiência e nada. Lá se abriu a porta depois de muito bater e empurrar e partir uma chave. Mas foram simpáticos e não cobraram pelo serviço. Pudera, daí a um par de horas iam receber centenas de euros por uma fechadura nova, anti-ladrões espera-se!
Pelo menos temos chaves novas, sem ser cópias mal feitas e garante-se que os anteriores inquilinos não voltam a meio da noite se lhes der na telha.
E o senhorio pagou.

JM

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

iiiiiiii...

Que longa ausência...
As peripécias da casa afastaram-me na semana passada dos momentos de lazer à frente do computador... Então, recapitulando e resumindo:
na 2ªf passada fui a casa à noite, e a JM passou lá um pouco depois. No dia seguinte, por volta da hora de almoço, voltei lá pra levar algumas tralhas que tinha comprado e... a chave não rodava na fechadura. Nem para um lado nem para o outro, não interessava com que força! Não deu, pronto!
Telefonei à JM, que voou até lá, pra experimentarmos a chave dela e... nada! Telefona para as Chaves do Areeiro, pede para virem cá, uma hora de espera da JM, 50,5 euros para "desbloquearem" a fechadura... Ok ok, vamos ver se dá.
Não deu.
No dia seguinte de manhã, os pais da JM tentaram entrar e... o filme todo outra vez... Desta vez meteu telefonema para os senhorios, que chegaram a ameaçar não pagar, e os senhores das Chaves do Areeiro a dizer que tinha mesmo de ser uma fechadura nova. O senhorio lá decidiu vir "lá da terra" até Lisboa, em "uma hora e dez", como fez questão de frisar, e pagou o arranjo da porta. Pronto, pronto, já "só" falta o esquentador e o fogão.
5ªf: à espera pelo homem do esquentador desde as 09h, lá chegou por volta das 11 e picos, era só uma questão de lubrificação, 10 minutos, 35 euros e... água quente por toda a casa! Iuppi!
Fui prá Lusa, cheguei, estacionei, recebi um telefonema "Está um técnico da Balay (fogão) à sua porta, mas não está ninguém..." oh não! Pensava que eles iam mais tarde. "Não, eu vou lá, o senhor que não se vá embora!". Fazer o caminho todo de regresso, chegar a casa, o técnico à espera, o fogão adaptado para gás natural! Já tá tudo!
Amanhã posso tirar a antena de televisão que tenho de manipular de cada vez que quero mudar de canal, pq chega a tv cabo!
A neura já passou... As próximas peripécias hão-de ser com as minhas tentativas de cozinhar...

JH

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Compras domésticas (4)

Ontem estava de carro e decidi comprar um aquecedor, já que a casa é muito muito fria.
Critérios: assim a rondar os 25eur, pode ser feio.
Worten, Colombo. Tem uns à entrada. Todos os empregados estão na outra ponta da loja. Não tem mais? Não. Volto para a entrada para escolher. Indecisão. Outra ponta da loja. Qual a diferença entre o de 1200 e 1500 (potência suponho)? Volto para a entrada para escolher. É único. Outra ponta da loja: é único, posso levar? Espere que vou ver ao armazém. Espero. Não há, vou consigo. Volto para a entrada para ajudar a empacotar, tenho pressa, já é tarde e mais uma vez não janto antes das 23h. Enquanto se desmonta e embrulha o dito, vem outro senhor perguntar se não há mais porque também quer. Vou a correr pagar, levar para o carro, largar em casa.
Questão: a Worten vende muito ou eu tenho pontaria para escolher produtos best-seller que toda a gente quer num dia de semana a horas tardias?

Bolas, o raio do gás afinal é natural. Tanto trabalho a montar o fogão e assim não vamos lá.
Quero estrear a casa!

JM

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

A vida segue dentro de momentos

Há alturas em que o Universo parece conspirar para complicar tudo. Sentimo-nos a patinar, a tentar andar, avançar, como um desenho-animado estúpido em cima de um lago gelado, a tentar desesperadamente sair, mas sem nunca conseguir atingir piso firme. Ou como aqueles sonhos em que damos muitos murros e nunca conseguimos derrubar o gigante que está à nossa frente.
Parece que o Universo decretou um intervalo, fechou as cortinas pesadas cor de rubi e anunciou: "A vida segue dentro de momentos".
Nada dá certo, os nossos projectos não se concretizam, tudo se complica e ficamos assim, meio dormentes, à espera de uma boa notícia, à espera que alguma coisa mude, à espera que ainda possamos fazer qualquer coisa, à espera de...
Um verdadeiro desafio à minha paciência e uma ofensa à minha vontade de ter sempre uma resposta para tudo.
Is it over yet?

JH

domingo, fevereiro 05, 2006

Compras domésticas (3)

(Se eu tivesse net no longe do Tagus Park escrevia à medida das ideias e não 3 post de uma vez...)
Sábado fui lá pa casa. Mais limpezas, lavar a loiça que foi dada, emprestada ou comprada. Montar uma estante de alumínio com cuidado para não me cair em cima. colar cabides atrás da porta. Lavar mais loiça com água fria porque o esquentador não tem força para puxar o gás. Arrumar a loiça e forrar prateleiras. Para onde quer que me vire só vejo tarefas para fazer. Largo uma e pego noutra. Finalmente consegui tirar um parafuso da parede, que estava difícil.
Saio à rua para ver as redondezas. Temos tudo, a Av da Igreja deve ter mais de 5 farmácias, correios, lojas várias normais, dos 300, restaurantes, churrascarias, bancos. Dei com o Lidl e depois com o Minipreço/Dia. Entre azeite, arroz, tostas, condimentos, saladeiras, toalha para a mesa, salsicha para a porta e muitas outras coisas, foram 4 sacos cheios. Até casa tive de parar 4 vezes para descansar, tal era o peso. Imagino quando tiver de comprar leite e água... Ai os meus ombros!
Tentar arrumar as coisas ainda sem sítio definido e devidamente optimizado.
Ajudantes para montar o gás no fogão, a mana e o cunhado. O cabo dos trabalhos para mudar a torneira de ligação do fogão. Ferramentas insuficientes, jeito, força, paciência. Lá veio o amigo André feito "homem do gás" cheio de ferramentas e boa vontade. Roda o fogão, aperta, segura. Tem fuga, faz bolhinhas, cheira. Finalmente! Mas o raio do gás não tem força. Chame-se o piquete então nos dias úteis...
O Pedro ofereceu um dvd, o mais baratinho mas que funcione. Conseguiu sintonizar a TV com 2 canais, a RTP e a TVI para ele ver o SLB daí a umas horas.
Primeiro jantar em casa, frango do churrasco da concorrida churrascaria da esquina com fila a sair da porta por umas 8 pessoas. Eram bons!
E ainda nem mexi no quarto. Isto demora!

JM

PS: Obrigada mana, cunhado e scout friend!

Compras domésticas (2)

Tivémos sorte em a casa ter a maior parte da mobília, quartos, wc, cozinha, sala. Mas o recheio... É engraçado ter de comprar tudo, pega-se numa lista de compras e assinalam-se pelo menos todas as categorias e a maior parte das escolhas possíveis. Lençóis, toalhas, suporte de toalhas, papel higiénico, rolos de cozinha, guardanapos, sabonete, champô, escova e pasta de dentes, alguidares, baldes, vassoura, escorredor da loiça, porta talheres, talheres, copos, pratos, tigelas, saladeiras, canecas, chávenas, utensílios diversos (abre-latas, descascador, saca-rolhas...), esfregões, detergentes, molas da roupa, papel de alumínio, película aderente, algodão, pensos, álcool, água destilada para o ferro de engomar, lâmpadas, fichas triplas... E nem falo da comida que para além dos frescos do dia-a-dia existem todos os outros essenciais base e os condimentos. Somos consumistas e usamos muitas coisas, rapidamente enchemos as prateleiras e armários. Quando faço férias a acampar privamo-nos de muitas destas comodidades e sobrevivemos. Mas estamos habituados a usar muita coisa. Nestas alturas damos valor às prendas das tias e primas para o "enchoval". Os lençóis são caríssimos!
Já fico com trabalho adiantado para quando tiver a minha casa. A experiência de viver sozinha ou independente dos pais, ainda está para ser aperfeiçoada. Prometo contar novelas de jantares mal sucedidos ou roupas encolhidas na máquina... se acontecerem, claro.
Enquanto não estiver digna de receber convidados, não envio convites de visitas e jantares. Depois disso, levem o vinho ou a sobremesa e apareçam!

JM

Compras domésticas (1)

Assumo que sou forreta, poupada, gosto de saber que gastei bem o dinheiro e de aproveitar os saldos e promoções. Nem sempre o "leve 2 e pague 1" ou "Caixa de oferta" compensam. E estupidamente 4 pacotes de pastilhas trident tiradas das prateleiras junto às caixas fica mais barato que 4 pacotes de pastilhas trident embaladas em conjunto e tiradas do expositor da zona das guloseimas, deve ser do plástico envolvente que é caro. E então em certos produtos gosto de comparar preços.
Queria uma tostadeira lá para casa, torro o pão, faço tostas e aqueço fatias de bolo. Comecei por ver no San Luís (Colombo) e tinha uma igual à que tenho em casa, barata, tipo 16,90eur e até fiquei contente porque pensava que custavam 25eur. Carrefour(Oeiras Park) 23,90eur. Hein? Tirei a referência para certificar que era o mesmo modelo. Confere. Que grande diferença, pensei. Media Markt 12,90eur, o mesmo modelo. Comprei, satisfeita pelo bom preço.
Paralelamente, procurava fogões. Não é coisa que se compre regularmente, nem que se saiba muito sobre o electrodoméstico. Escolhe-se pelo preço dentro de um orçamento, pelo tamanho para caber na cozinha, pelo número de "bocas" de gás, pelo forno com termostato e já agora o toque feminino do "gosto deste, é bonito", dentro do possível. Worten (Colombo), "olha este é bestial!", mas estava a ser vendido a um casal que chegou 5mins mais cedo. Não tem mais? Não, está esgotado. Ah... os fogões também esgotam, e percebi que poderia ser por estar no catálogo e em promoção. Não sou só eu que gosto de ver catálogos de supermercados! San Luis, Carrefour, Jumbo, Media Markt. Este também serve. Ah é o único na loja (não estava bem tratado). Mas também tem na nossa loja no Retail Park e custa menos 10eur. A distância se calhar não compensava a gasolina mas... Oh Pedro vamos só ver na Conforama da Amadora. E já agora na Worten (mesmo ao lado). Olha o fogão do catálogo! Não saí de perto dele enquanto várias pessoas o olhavam. Mas todos querem comprar fogões a uma 3f às 10 da noite? É o único que tenho mas chegou ontem à noite (estava bem tratado). Então levo! O senhor foi embrulhar e pusémo-lo no carro do pai do Pedro. Oh amigo André, não queres ajudar a levar o fogão escada acima? (Já outros tinham recusado, mas o fiel amigo com coração escuteiro prontamente se dispôs). E pronto, foi a aventura do fogão. Agora estamos à espera do pai Mota para ligar o gás, porque apesar de o podermos fazer sozinhas, convém ter alguma segurança mais sábia e sem ser "chula" (perdão) de cobrar 25eur pela ligação.

JM

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Mixed feelings

Nonca gostei de mudanças. E já conto uma quantas nestes 25 anos.
Da casa da Tomás da Anunciação para a da Rua da Memória, em Odivelas, daí para a Rua de Almada, na Costa, e dessa para a actual, na Costa da Caparica.
E, pelo meio, uma temporada na casa da minha avó em Odivelas, enquanto trabalhei no João Ratão e mais outra temporada na outra casa da minha avó na Costa, enquanto esperávamos que a nossa casa ficasse pronta. Malas, sacos, levar as roupas todas nos cabides, directamente de um armário para o outro, limpezas.
E, apesar de serem recorrentes na minha vida, nunca me habituei a mudanças. E nunca gostei.
Desta vez não foi excepção. Esta mudança é mais "complicada", por acarretar uma alteração real no meu estilo de vida, nos meus hábitos, nas minhas ligações familiares.
Assustador, a princípio. Os receios iniciais e este síndrome de "abandonar o ninho" irão dar lugar a uma vontade real de começar a desfrutar da casa e dos privilégios de morar em Lisboa, ao pé de tudo. E de ter uma casa para escapar, na Costa.
"Primeiro estranha-se, depois entranha-se".
JH