quinta-feira, julho 13, 2006

Férias em S. Salvador – Início (A tortura)

Corria o 10 de Junho, sábado, feriado.
As regras pedem para que se esteja no aeroporto com 180mins de antecedência. Em voos domésticos ou europeus não vale muito a pena, 2h antes é suficiente. Mas em voos intercontinentais, dependendo do destino, já se deve ir mais cedo pelas confusões que podem acontecer.
Tenho dito sempre que o nosso aeroporto não tem muito tráfego, quando comparado com qualquer um de Londres, Madrid, Frankfurt, etc. A eficiência e eficácia no processo de check-in, malas, autocarros, mangas, taxi-way, etc tem grandes potenciais de melhoria.
O aeroporto estava a abarrotar. Cheio de pessoas com vontade de ir de férias, famílias completas da avó ao neto, do fato de treino, das bagagens imensas e envoltas em plásticos, caixas volumosas com etiquetas, roupas e calçado menos adequado para viagem. É sempre uma boa alternativa para entreter a espera, observar as pessoas.
A suposta fila para o nosso voo (não é tão cedo que me volto a pôr num charter!) era interminável e ainda não tinham aberto os balcões de check-in.
Afinal é para outra fila. Mas este voo não vai para o mesmo sítio! É este, dizem os senhores representantes das várias agências de viagem. Mas… Tem escala. Tem? Ah… que chatice. Sai daqui, pára em Natal, depois em… Como? Duas escalas? Três viagens de avião? (não é tão cedo que me volto a pôr num charter!)
Claro que o voo saiu atrasado. Eles atrasam sempre é impressionante. Mas depois compensam porque marcam a hora de chegada já com o atraso engolido, ou seja, o tempo de voo dura sempre menos e chegamos à hora prevista. Ficamos com a sensação de que recuperámos o tempo perdido. A menos que o destino seja um aeroporto com muito tráfego e tenhamos de dar voltas à espera de um slot vago.
Euroatlantic, são portugueses, avião velho, claro. O lugar da minha mãe tinha o banco partido, o encosto não encostava. Ou ela ia sentada sem se encostar (8h?) ou ia deitada e o senhor do banco de trás nem podia lá caber. Cedi o meu lugar. Mas o avião parecia cheio, fiquei em pé quase até levantar voo, até quando finalmente descobriram um lugar vago. Por sinal bem bom, na 1ª fila, logo depois da 1ª classe, tem espaço para as pernas!
Muita fome, e frio. Podia-me arranjar um cobertor? Ah, cobertores para todos não há, vou ver se arranjo um. Tinha-me esquecido do casaco em cima da cama, e no avião está sempre frio. Arranjou-me um cobertor. Charter não tem cobertores para todos… (não é tão cedo que me volto a pôr num charter!)

(to be continued)
JM

1 comentário:

Mafi disse...

eheheh.... como pode acontecer tanta coisa numas horitas só não é? e viva os charter! :)