quarta-feira, junho 07, 2006

Washington DC

Chegámos a Washington e estacionámos com as moedas que tínhamos, que não chegavam para o tempo máximo e arriscámos uma multa. Os parquímetros eram “personalizados” ao lugar, e o tempo ia decaindo até chegar a zero. Portanto, sem papel ou talão dentro do carro com a hora limite, se o parquímetro estiver a zeros, não há desculpa!

As passadeiras para peões são fantásticas, têm dois ecrãs: um com o boneco que altera entre cor verde e vermelha, o outro regista os segundos que restam para os peões passarem com verde. É muito bom! Chegamos ao cruzamento ou a meio da estrada e sabemos precisamente quanto tempo temos para atravessar a rua. É a minha invenção citadina preferida! E dependendo das ruas, o tempo é maior ou mais reduzido até chegar o boneco vermelho. Queremos isto em Lisboa!

Conseguimos dar com o turismo, cheio de segurança e polícias, detector de metais, revista a toda a gente que passa. As ruas são também muito paralelas e perpendiculares, mas para além de serem nomeadas com números, também tinham letras, Avenida B, Rua J.

A cidade é cheia de monumentos, parece que foi construída toda ao mesmo tempo com edifícios grandiosos, ministérios a parecer a assembleia da república, museus imponentes, jardins saudáveis, espaços verdes e harmoniosos. Ao mesmo tempo que é toda certinha e regular, homogénea, também lhe falta a componente cosmopolita que NY tanto revela. Mas a sobriedade coincide com o carácter sério da cidade, governo, conselhos, tribunais, presidência, memoriais.

Vimos a casa branca, o obelisco, o memorial do Lincoln, o Capitólio, memoriais, mil monumentos brancos e imaculados.


Entre o Lincoln e o Capitólio, a extensão de espaço verde estava quase inteiramente ocupada por jovens, estudantes, famílias e grupos de pessoas a apanhar sol, brincar, em equipas mistas, baseball, raquetes, kickball… O “misto” era frequente, rapazes e raparigas a jogar em conjunto, sem aquela ideia do “ai raparigas não, são fracas”. O kickball… não percebemos bem mas envolvia obviamente pontapés numa bola. Parecia baseball com chuto do pé em vez de tacada na bola. Mas é uma coisa levada a sério! www.kickball.com

Terminámos o dia com muitos quilómetros nas pernas e a morrer de fome. Numa estação de comboios com lojas e ambiente muito agradável, jantámos iguarias asiáticas. As lojas fechavam cedo e fiquei com a ideia de que a cidade vivia mais para o trabalho, levantar cedo e deitar cedo!

JM

1 comentário:

Tiago Tavares disse...

Se bem me lembro, algumas avenidas de Salvador da Bahia tinham esses contadores de tempo nos semáforos. Vais poder confirmar isso esta semana! Mas resta saber se isso não faz os condutores abusarem do acelerador quando a contagem decrescente se aproxima do fim.