quinta-feira, novembro 24, 2005

Sobre a Igreja e este Papa que nos calhou...

Esta ideia do Papa de proibir o sacerdócio a homossexuais é inqualificável, não tem pés nem cabeça.
Não é suposto que um padre sinta desejo sexual por ninguém, seja mulher ou homem. O padre faz o voto do celibato, ponto final. Essa questão nem se coloca, senhores.
Como se os candidatos aos seminários preenchessem um formulário: "Gosta de: opção a) mulheres; opção b), crianças; opção c) homens". Sim, porque podemos ter padres pedófilos, paneleiros é que não!!
Ainda melhor é a hipocrisia de manter os padres homossexuais que já foram ordenados. "Exclui-los seria desumano", afirmou ontem um responsável do seminário da Luz. É desumano expulsar os que já lá estão, mas vedar a entrada aos jovens que um dia sentiram qualquer coisa por um amigo já se justifica, claro.
A cereja no topo do bolo foi mesmo a justificação apresentada por este mesmo responsável, que dizia que "há muitas mulheres na Igreja e os homossexuais" - que a Igreja considera doentes - "tratam-nas mal". Aliás, as estatísticas da APAV estão aí para prová-lo: mais de 90 por cento das vítimas são maltratadas pelos seus amigos gays, que as espancam quando vão com elas às compras na Zara. Por favor...
Depois ouvem o que querem e o que não querem das associações de direitos dos homossexuais. Metem-se a jeito...

JH.

2 comentários:

Anónimo disse...

Aguns apontamentos:

1. A Igreja convida os sacerdotes ao celibato: o objectivo não é não ter relações sexuais, mas ter um coração mais livre, mais puro, mais disponível (todos nós conhecemos as partidas e o tempo que consomem as paixões humanas);

2. Só quem não consultou um bom padre para desabafar ou conversar, não reconhece o excepcional efeito do celibato numa pessoa;

3. O celibato não é uma imposição mas uma questão de vocação: se o próprio (o seminarista) o entende como obrigação, está sujeito a efeitos perversos;

4. Apesar da vocação, ninguém está livre de determinados impulsos da carne que certas situações provocam (a natureza humana habitua-se a tudo, é preciso discernimento);

5. Daí que um seminarista não partilhe o mesmo quarto com freiras, daí que não seja bom que um seminarista homossexual partilhe o quarto com outros homens. Caso contrário, seria expô-los a uma prova difícil, e o passado da Igreja aconselha à prudência nestas situações. Trata-se do reconhecimento da sexualidade de ambos e de criar um ambiente propício ao crescimento na vocação celibatária;

6. É a minha opinião. Aguardo por reacções.

Anónimo disse...

O máximo é pedir a um "ex-homossexual???", (será que existe?), que comprove que, há pelo menos 3 anos,não tem pensamentos desviantes e muito menos qualquer prática... Como vai ser feito essa prova??? Ao som de Village People? se desatar a dançar é imediatamente expulso, se bater o pézinho também...Nuno Markl dixit
RIDICULO